Don Glauco é um homem solitário. Encontra-se em seu velho casarão, um teatro que está prestes a ser demolido. Os demolidores não estão certos se de fato há alguém lá dentro, mas um deles, Gaúcho, acredita que sim e acompanha de perto o mergulho do protagonista.
Entre as vozes e os ruídos da demolição, Don Glauco defronta-se então com as personagens que o acompanharam ao longo de toda sua vida.
Todo seu passado vem à tona. Pedro, o filho com quem mantém uma relação intensa de perdão e culpa, ressurge por entre as frestas da casa, para um acerto de contas. Da mesma forma, surge Dona Ana, Pedrinho, os policiais e outras personagens que reaparecem de maneira inusitada, gerando em Don Glauco um enorme desassossego. O presente e o passado se confundem na sua alma. A busca da verdade impera. Nesse território em estado de demolição interior e exterior, Don Glauco enfrenta cada pedaço de sua vida, refaz a sua trajetória, reconstruindo-a como um jogo, onde as peças precisam ser reencontradas.
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